quinta-feira, 31 de maio de 2007

crua

André Coelho

enquanto pessoas morrem, mortas,
pára e pensa em quantas portas
deixaste de abrir.

em meio a tanto sangue,
vê que o teu já se mistura
a essa massa impura.

tua faca, sem fio;
tua luz, apagada;
teu, sal, estragado;
teu brilho, sombrio.

pois quê? se disseste "não",
foi opção tua:
espírito vazio,
carne crua...

boa sorte!


Estácio, Rio de Janeiro
16 de julho de 2006
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